O QUE É A IRMANDADE DE SANTA EDWIGES ?
É uma associação religiosa composta por pessoas que professam a fé Católica Apostólica Romana, sem distinção de cor, sexo, nacionalidade ou condição social, sejam leigos ou religiosos, e que tem por finalidade incentivar, promover e ampliar o culto devocional à Santa Edwiges, sua figura, imagem, história e suas graças, promovendo festejos em sua homenagem no dia 16 de outubro de cada ano (dia dedicado pela Igreja  em sua honra) bem como nos dias 16 de cada mês, incrementando e incentivando as diversas formas de devoção de acordo com a inspiração do Espírito Santo e as orientações da Santa Igreja, em obediência a seus legítimos pastores e representantes.
A Irmandade visa reunir e agregar os devotos de Santa Edwiges de todo Brasil e outros países, que se manterão vinculados à Irmandade por meio de constantes correspondências, organizando onde estiverem, encontros de oração nos dias 16 de cada mês, também recebendo materiais de formação e divulgação, escritos e virtuais (internet) possibilitando assim que todos possam conhecer, imitar e difundir a vida e a devoção à Santa Edwiges e sua espiritualidade em qualquer lugar em que se encontrem.
Os membros da Irmandade, sem sair de suas respectivas famílias, comunidades e paróquias, buscarão motivar e promover campanhas e atividades caritativas que busquem auxiliar e/ou amenizar o sofrimento humano contribuindo em todas as frentes de trabalho que tenham por fim a CARIDADE e a promoção humana, ponto forte da vida de nossa padroeira Santa Edwiges, cujo coração inflamou-se de zelo pela Santa Igreja e amor pelos pobres e abandonados, de quem foi a grande protetora.
Os membros da irmandade buscam sempre a prática da justiça, do acolhimento e da caridade, buscando realizar as tarefas mais humildes e escondidas com espírito de penitência, resignação e amor, à exemplo de Santa Edwiges.
O sinal característico dos membros da Irmandade será sempre o espírito de caridade para com todos, seja nos gestos, palavras e atitudes. Externamente buscarão usar ao pescoço, a medalha de Santa Edwiges como sinal de sua vinculação à Irmandade e de sua devoção a Santa Edwiges.
Existem 2 tipos de caridade:
Caridade assistencial É a forma de ajuda mais tradicional e a mais fácil. Jesus a chamou de “obras de misericórdia”. Nesse contexto se colocam a distribuição de comida, de remédios, de roupas, de brinquedos e cestas básicas, as famosas filas de sopa… ”. A caridade assistencial se justifica quando é uma atividade ocasional, e não permanente. Cria dependência e leva à falta de iniciativa do favorecido.
Caridade promocional É uma forma de ajuda muito eficaz porque desafia o espírito criativo dos favorecidos. Essa ajuda vem em forma de favorecimento dos estudos, melhoria de saúde e higiene, aprendizagem de artes e ofícios, cursos de aperfeiçoamento, conhecimentos profissionais… Mas é uma caridade sólida. Forma cidadãos livres e criativos, pouco dependentes do bom ou do mau humor dos outros. Aqui está o papel de uma verdadeira Família, das diversas Escolas, e também das Paróquias e Comunidades. “Fazei o bem sem desfalecer” (Gal 6, 10).
(conf. Dom Aloísio Roque Oppermann scj,Arcebispo de Uberaba–MG)
É preciso fazer a opção por uma ou por outra. Não dá para ficar em cima do muro ou apenas pensando nos necessitados. Todo mundo sabe que na hora do julgamento o que vai contar mesmo é o “estive nu e me vestiste, estive com fome e me deste de comer, estive doente e me visitaste...” (Mt 25,35).
Não é isto que está escrito?

O PODER DA CARIDADE E DAS OBRAS DE MISERICÓRDIA
Santa Edwiges dedicou sua vida aos mais pobres e necessitados. Caridade é a materialização do amor!
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que retine..." (I Cor.13,1)
É amando que aprendemos o que é o amor, temos que fazer misericórdia para entendermos a misericórdia de Deus.
A caridade é a doação com AMOR. Há uma grande diferença entre doar roupas e cobertores para esvaziar o guarda-roupas e doar roupas e agasalhos pensando no bem que eles farão para quem recebê-los. O catecismo da Igreja Católica afirma ser essa virtude, “o vínculo da perfeição (Cor. 13,14) e o fundamento das demais virtudes, que ela anima, inspira e ordena"
Aquele que prefere bens materiais ou ter atos egoístas, não conhece a caridade, mas sim o bem de consumo, a palavra que negocia a alma em momentos breves e fugazes.
"Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" (Mt.16,26)
Pare, pense e remonte seus ideais. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Plante sementes de caridade como: dar uma palavra, saber ouvir uma palavra, sentar ao lado de alguém, acompanhar alguém, ter tempo para dividir com alguém, manter uma porta aberta para receber alguém, e para acolher uma alma.
A caridade é iniciada no lar, acompanha os amigos, os colegas, os dependentes do seu trabalho, os vizinhos e toda pessoa que passar em sua vida.
"Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos"  (Jo 15,13) 

Fiel ao seu batismo Santa Edwiges viveu plenamente as quatro dimensões da graça santificante amou o mundo, a si mesma, ao próximo, e a Deus, foi um testemunho vivo da ação de Deus na vida de uma pessoa, como virgem, mãe, esposa e consagrada.
Uma característica que marcou toda a vida de Santa Edwiges foi a caridade e o amor aos mais pobres que estava sempre presente em seu coração e em seus gestos, ela foi uma mulher desprendida e desapegada das coisas materiais e vivia sem egoísmo.  Edwiges viveu mais para os outros do que para si mesma, foi mulher de muita fé, muita esperança e muita caridade em virtude do seu amor pelo próximo ela passou por este mundo fazendo o bem a todos, sobretudo aos pobres, aos enfermos, aos prisioneiros e aos que se encontravam em dificuldades.  
Essa mesma caridade que Santa Edwiges viveu aqui na terra ela passa a vivê-la agora no céu, intercedendo por nós junto a Jesus e olhando por nossas necessidades.
Santa Edwiges dedicou toda sua vida na construção do reino de Deus e como duquesa exerceu fortes influências nas decisões políticas tomadas pelo marido interferindo na elaboração de leis mais justas para o povo. Junto com o marido construiu igrejas, mosteiros, hospitais, conventos e escolas, por isto em algumas representações a santa aparece com uma igreja entre as mãos, aos 32 anos fez votos de castidade o que foi respeitado e seguido pelo marido.
Quando ficou viúva foi morar no mosteiro de Trebnitz na Polônia onde sua filha Gertrudes era superiora, foi lá que Edwiges deu largos passos rumo à santidade, vivia com o mínimo de sua renda para dispor o restante em socorro dos necessitados, ela tinha um carinho especial pelas mulheres e crianças abandonadas, encaminhava as viúvas para os conventos onde estariam abrigadas em casos de guerra e as crianças para escolas onde aprendiam um ofício, era misericordiosa e socorria também os endividados, em certa ocasião quando visitava um presídio ela descobriu que muitos ali se encontravam porque não tinham como pagar as suas dívidas, desde então Edwiges saldava as dívidas de muitos e devolvia-lhes a liberdade, procurava também para eles um emprego, com isto eles recomeçavam a vida com dignidade evitando a destruição das famílias.
A prática de misericórdia alcança o perdão dos pecados (Tg 5,20; 1Pd 4,8) e é uma expressão do Mandamento do Amor.
As obras de misericórdia são as seguintes:
1. Obras de misericórdia corporais:
Dar de comer a quem tem fome.
Dar de beber a quem tem sede.
Vestir os nus.
Dar pousada aos peregrinos.
Assistir os enfermos.
Visitar os presos.
Honrar e sepultar os mortos.
2. Obras de misericórdia espirituais:
 Dar bom conselho.
 Ensinar os ignorantes.
Corrigir os que erram.
Consolar os tristes.
Perdoar as injúrias.
Sofrer com paciência as fraquezas alheias.
Rogar pelos vivos e falecidos.

ORAÇÃO DE SANTA EDWIGES 
Senhor meu Deus, Todo Poderoso, Criador do Céu e da terra, vós que tudo regulais em Justiça e Misericórdia, aceitai a prece que humildemente vos dirijo por intermédio de Santa Edwiges, Vossa Serva, que tanto Vos amou na terra e que usufrui da graça de contemplar a Vossa divina Face.
Santa Edwiges, que pelos vossos merecimentos, pelas vossas virtudes e pela ardorosa fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, foste por Deus constituída a protetora dos pobres e endividados, dos que sofrem aflições pela carência de recursos, vinde em meu auxílio e levai a presença do filho de Deus, Nosso Senhor, o apelo que vos faço...
Vinde em meu socorro Santa Edwiges, atendei as minhas súplicas e dai a este humilde devoto a vossa proteção, proporcionando-me os meios de obter recursos suficientes para atender aos meus credores a fim de regularizar minha vida, de modo que volte a paz e a tranquilidade ao meu espírito.
Confiando em vossos méritos e em vossa caridade peço Santa Edwiges, lançardes vossa bondosa complacença sobre mim, assim seja!
Santa Edwiges protetora dos pobres, rogai por nós!
 Santa Edwiges protetora dos endividados, rogai por nós!
Santa Edwiges estrela de caridade, rogai por nós!
A INTERCESSÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA
“A oração do justo tem grande eficácia.” (Tg 5,16)
"Orai uns pelos outros, para serdes salvos, porque a oração do justo, sendo fervorosa, pode muito" (S.Tiago 5, 16)
"O meu servo Jó... orará por vós e admitirei propício a sua face" (Jó 42, 8)
"Moisés chamou ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos porque todos vivem para Ele.” (Lc 20, 37-38).
No evangelho de S. Mateus (22, 30), Jesus Cristo ensina que os "santos são como os anjos de Deus no céu". Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).
Os justos, os santos e os anjos do Céu se interessam pelos homens, intercedem pelos homens, e devem ser invocados e louvados.

O arcanjo Rafael diz a Tobias: "Quando rezavas com lágrimas, e sepultavas os mortos, eu oferecia tua oração a Deus" (Tob. 7, 12) (Os protestantes tiraram esse livro).
A própria Bíblia aplica o título de mediador também a Moisés (Dt 5, 5): "Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós".
Quando a Sagrada Escritura diz que Nosso Senhor é o único caminho entre os homens e Deus, não quer dizer que entre os homens e Nosso Senhor não possa haver intercessores. É claro, só Nosso Senhor é o intercessor entre nós e Deus Pai, mas não significa que entre nós e Ele não existam pessoas que O conheceram, amaram e serviram de forma exemplar.
É por isso que a doutrina católica chama Nossa Senhora de "Mediatrix ad Christum mediatorem", isto é, "Medianeira junto a Cristo mediador". Deste modo, Cristo fica como único mediador entre Deus e os homens; e a Virgem Maria se torna uma "medianeira junto a Cristo".
O poder de interceder está expresso em diversas passagens das Sagradas Escrituras, como nas Bodas de Caná, onde Nosso Senhor não queria fazer o milagre, pois "ainda não havia chegado Sua hora" Bastou Nossa Senhora pedir para que seu Filho fizesse o milagre, que Ele adiantou sua hora para atender à intercessão de sua Mãe Santíssima. Que tamanho poder de intercessão têm Nossa Senhora! Fazer com que Deus, por assim dizer, mudasse seus planos? É tal o poder de Nossa Senhora que a doutrina católica a chama de onipotência suplicante, ou seja, Aquela que tem, por meio da súplica a seu Filho, o poder onipotente!
Os Santos não dormem após a morte, pois "Deus é Deus dos vivos" e não dos adormecidos.
Na transfiguração do Tabor, Nosso Senhor aparece ao lado de Elias e de Moisés. Elias está no Paraíso terrestre (ele não morreu e deve voltar no fim do mundo) e Moisés já estava morto (Lc 9, 28). Ora, como alguém que esteja dormindo pode aparecer "acordado" ao lado de Nosso Senhor?
Quanto maior a virtude de uma pessoa, tanto mais perto de Deus ela está e tanto mais pode interceder por nós.
Veja essa outra citação: "santos são como os anjos de Deus no céu" (S. Mateus 22, 30). Será que os anjos também estão dormindo? E o nosso anjo da guarda? E os anjos que governam os astros?
Ora, é muita contradição defender que os santos estão dormindo, mesmo porque, Deus, voltando-se ao bom ladrão, disse: "Em verdade, em verdade vos digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso".
Ora, ele não disse que após adormecer e após a ressurreição dos corpos S. Dimas estaria no paraíso!.
Em Ap. 6, 9s, os mártires, junto ao altar de Deus nos céus, clamam em alta voz:
"Até quando, ó Senhor Santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?"
Como se vê, os justos estão conscientes após a morte!
Ajoelhar-se nem sempre é sinal de adoração, mas veneração, tudo depende da intenção com que fazemos o gesto: Levantando Abraão os olhos, olhou e eis três homens de pé em frente dele. Quando os viu, correu da porta da tenda ao seu encontro, e prostrou-se em terra,(Gênesis 18:2)
  Isso não é idolatria como afimam os protetantes!
Pois o próprio Deus MANDOU que pessoas se ajoelhassem diante das outras para fazer uma PRECE DE JOELHOS!
(Isaías 45,14) "Assim diz o Senhor: O trabalho do Egito, e o comércio dos etíopes e dos sabeus, homens de alta estatura, passarão para ti, e serão teus; irão atrás de ti, virão em grilhões, e diante de ti se prostrarão, far-te-ão as suas súplicas , dizendo: Deveras Deus está em ti, e não há nenhum outro deus."
Veja, o Senhor Deus manda se ajoelhar diante de Ciro para SUPLICAR!
E isso se chama PRECE!
Veja outro exemplo!
(Gen 49:8) – "Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos, os filhos de teu pai a ti se inclinarão"
Veja essa outra passagem acima!
As pessoas se ajoelharam diante de Judá para LOUVÁ-LO!

Assim, vemos que não há problemas em se ajoelhar para pedir oração a um santo, anjo ou Maria, pois é sinal de respeito, veneração, reverência, do mesmo modo que Abrão, Ló, Davi, Abigail.
O louvor que prestamos aos santos, é a recordação de suas virtudes, pois "Bom renome vale mais que grandes riquezas e a boa reputação vale mais que a prata e o ouro" (Pr 22,1) Louvar os santos é proclamar a bem-aventurança deles, como Isabel para Maria:
"Bendita és tu, entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!" (Lc 1,43)
O QUE CONTA É A INTENÇÃO MAIS QUE O GESTO
 
CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DE SANTA EDWIGES
"Bem aventurados os misericordiosos"
Acima o Brasão da Ordem - Significado dos símbolos:
LÍRIO = Sob a proteção da Imaculada, ser lírio puro consagrado ao Senhor;
COROA = Seguindo o exemplo de Santa Edwiges, renunciar a riqueza e esplendor do mundo para Cristo;
CRUZ = No abraço e  seguimento da Santa Cruz;
ROSA = Fidelidade como filho do amor misericordioso de Maria e Edwiges.
BLAHOSLAVENÍ MILOSRDNÍ - "Bem aventurads os misericordiosos" - É o lema da Congregação.
A Congregação das irmãs de Santa Edwiges se dedica a educação cristã de crianças e jovens nos princípios morais e doutrinais da Igreja católica. Com dedicação especial às crianças com deficiência e desvantagem social, cuidando dos doentes e idosos e ajudando a Igreja em suas necessidades, servindo a qualquer necessidade do irmão.
A vida espiritual da Congregação das Irmãs de Santa Edwiges é moldada pela espiritualidade da Ordem de Santo Agostinho e sua própria constituição. Seguindo o exemplo de Santa Edwiges, com amor misericordioso, como base na união íntima com Deus, tornando o amor de Deus presente para as pessoas.
A devoção mariana é por vontade do fundador um dos elementos essenciais da piedade das Irmãs de Santa Edwiges. Em honra da Virgem Maria as irmãs usam um véu azul.
O patrono principal da Congregação é Santa Edwiges da Silésia. Além disso, a Congregação dedica especial amor  ao Sagrado Coração de Jesus e pela Virgem Maria, Mãe de Deus, a São José, Santo Agostinho e São Francisco de Sales.
A Congregação foi fundada em 14 de Junho 1859 em Wroclaw, na Polônia, pelo servo de Deus Padre Robert Spiske (1821-1888). Receptivo e aberto  de coração, padre Robert percebeu a miséria humana que estava presente nos subúrbios das grandes cidades. Trabalhadores com baixos salários não poderiam atender as necessidades materiais de seus familiares. Com a pobreza relacionada a embriaguez, prostituição, falta de moradia, roubo, grande número de orfãos e viúvas desamparadas. Isso o levou a um grande despertar  de consciência e tornou-se então o iniciador de uma grande Obra de misericórdia.
Primeiro, aderiu à Irmandade de Nossa Senhora, já no segundo ano de sua existência, reuniu 500 homens e mulheres. Mas mesmo isso não foi o suficiente para remover a avalanche de miséria dos quais muitos foram atingidos. Portanto, os escritos do Padre Robert inspiraram um grande grupo de mulheres piedosas e nobres que encontraram grande vontade de ajudar. Inicialmente chamado de "Irmãs da misericórdia", depois, "Comunidade Santa Edwiges" porque seu trabalho se fundamentava na vida e obra desta Santa polonesa, que no século 13 na Silésia foi o mais belo exemplo de misericórdia.
A Comunidade das irmãs de Santa Hedwiges teve três objetivos iniciais:
*Fornecer abrigo para órfãos e crianças abandonadas e alimentá-los.*
Cuidar da juventude pobre e esquecida afim de ser poupada do mal.
*Cuidar dos doentes, velhos e abandonados.
Em dezembro de 1857, fundaram o abrigo beneficente chamado "Casa de Resgate Santa Edwiges" que abrigou  27 meninos e 48 meninas.Muitas mulheres da Comunidade de Santa Edwiges envolvidas no trabalho de caridade do Lar  implorarm ao Padre Robert, para se tornarem uma comunidade religiosa.
Diante disso padre Robert Spiske pessoalmente viajou para Roma em outubro de 1858. Com a ajuda dos cânones do Vaticano, especialistas em direito canônico, elaborou os estatutos das Irmãs da Comunidade de Santa Hedwiges com base na Regra de Santo Agostinho. Em 7 de Novembro de 1858 recebeu o Santo Padre Pio IX os escritos de Pe. Robert.  O papa confirmou os Estatutos e abençoou a comunidade.
 As Irmãs vestem hábito preto longo com um colarinho branco, véu azul e cordão com uma medalha que traz a imagem de Santa Edwiges na frente e de Maria Imaculada no verso. As irmãs recebem o  anel quando fazem os votos perpétuos.
A idade mínima para admissão ao noviciado é de 18 anos de idade. O postulado dura 6 meses, o noviciado dura dois anos. Após a sua conclusão consistem em votos temporários. Os votos temporários são renovados anualmente por cinco anos.
Atualmente a Congregação das Irmãs de Santa Edwiges trabalha em seis províncias de diferentes países europeus: Polônia, Alemanha, Dinamarca, República Checa, Áustria e Bielorússia.
Em 5 de Março d 1993 Henrik Gulbinowicz cardeal, arcebispo de Wroclaw na Polôna, inaugurou o processo de beatificação de Pe. Robert em nível diocesano, na presença da Madre Superiora Geral da Congregação,  ir. Michael Andorfer e das Irmãs de Santa Edwiges.
Para maiores informações:
Congregação das Irmãs de Santa Hedwiges
671 65 1 Břežany
República Checa
 
SANTA EDWIGES - MODELO DE AMOR E DEVOÇÃO À MÃE DE DEUS
Na história da humanidade, a palavra rei e rainha quase sempre está associada à palavra tirano. Mas na história do catolicismo, rei e rainha muitas vezes vem junto da palavra santo. É o caso exemplar de Edwiges, Duquesa e Rainha da Silésia e da Polônia.
De sua casa paterna e dos costumes familiares a Duquesa Edwiges trouxe para a Silésia um culto particular à Nossa Senhora Mãe de Deus!
Edwiges levava sempre consigo uma pequena imagem de Nossa Senhora. Com freqüência pegava a estatueta para olhá-la com amor e devoção, aumentando cada vez mais a sua veneração à Virgem Santíssima. Com esta estatueta Edwiges abençoava os doentes e estes ficavam curados.
No momento de sua morte Edwiges segurava a tal estatueta com tanta orça em sua mão esquerda que não foi possível retirá-la dela. Foi sepultada segurando a estátua da Virgem”
Anos depois, quando seu túmulo foi aberto, os três dedos que seguravam a estátua estavam intactos. A descrição disto tudo deve ter deixado uma profunda impressão sobre os seus contemporâneos. Não era prática dos monges e das monjas Cistercienses portar estátuas de santos. Apesar disto Edwiges tinha consigo esta estátua mesmo durante o tempo em que viveu no mosteiro desta ordem nos últimos anos de sua vida.
O amor à Mãe de Deus foi algo forte e característico desta amável santa que acolhemos por nossa Padroeira.
O culto de Santa Edwiges logo propagou-se para além das fronteiras da Polônia. Entre muitos motivos para esta difusão temos os vários Bispos que testemunhavam a importância do local e da vida da Santa Duquesa.
Na Idade Média seu culto espalhou-se por toda a Europa central, da Polônia até Antuérpia e no sul até Trento e a Hungria, o que pode ser comprovado facilmente pela quantia de Igrejas e oratórios a ela dedicados. A festa da Santa Edwiges constava do calendário de muitas dioceses. A Santa era homenageada por 26 hinos no Breviário, livro de orações e Salmos. Nestes hinos apareciam os nomes de nações e povos que honravam a Santa, tais como os poloneses, alemães, franceses, etc.
A pedido do então rei da Polônia, Jan Sobieski, o Papa Inocêncio 11 (1676–1689) introduziu o culto de Santa Edwiges como obrigatório para toda a Igreja.
Em 1943 celebrou-se o sétimo centenário da morte de Santa Edwiges. Naquele ano o Papa Pio XII elevou  a Igreja do túmulo de Santa Edwiges à categoria de Basílica menor.
 ORAÇÃO A SANTA EDWIGES
Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente necessito: (fazer o pedido).
Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém.
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o Sinal da Cruz.
Santa Edwiges, estrela de caridade, rogai por nós, pelos nossos irmãos prisioneiros e por todos os que passam dificuldades financeiras. Amém.
 
 
SANTA EDWIGES: A SANTA DUQUESA
Como é bonito ver o apelo que vem de Santa Edwiges no serviço aos pobres e pelo exemplo de sua vida dedicada aos necessitados.
Nascida no período Medieval, em 1174, Edwiges – morreu em 1.243, e foi canonizada em 1.267 –, foi uma mulher que marcou seu tempo. De família nobre, rica, assistiu, desde tenra idade, a miséria a tomar formas diferentes nas pessoas que conhecia, convivia e amava.
Ao se casar aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a então princesa da Silésia, país de Lebuska, atual Polônia, Edwiges, educada no Catolicismo e dona de uma fé inabalável, deparou-se com uma situação completamente diferente da que estava acostumada a conviver – seu marido, mesmo sendo irmão de padre, mal sabia rezar.
Cristã, no real sentido da palavra, Edwiges logo tomou a educação religiosa de seu marido, preparando o caminho da paz em sua casa para a chegada de seus seis filhos – Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e Gertrudes. E, para conseguir manter sua família dentro do que acreditava, diariamente, levava a família até a capela próxima do castelo onde moravam, para assistirem juntos, diariamente, à missa.
Mas, suas devoções a Cristo e respeito à Virgem Maria não terminavam em seus horários de missa ou de oração. Entre as prolongadas ausências do marido, que saía a lutar nas guerras que dizimavam vidas e era freqüente naquele período da humanidade, Edwiges aproveitava para visitar famílias nas maiores condições de miséria e buscar o socorro para cada uma delas.
Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam relacionados à falta de dinheiro. Lavradores, pequenos sitiantes precisavam pagar uma quantia aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita que deveriam ter. Essa colheita sempre era menor do que o esperado devido ao inverno rigoroso e as intempéries do clima do lugar. Sem ter como pagar as dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter a quem recorrer. Muitas vezes, as mulheres se prostituíam para poder sustentar seus filhos, ou vagavam pelas ruas, à mercê da quase inexistente caridade pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que tinham condições de sobreviver.
Assistindo a dor e a miséria humana, Edwiges, dona de um coração privilegiado para a época, e uma das mulheres que mais sentiram – e demonstraram – como ninguém, a caridade e a compaixão, pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de seu dote, a quantia que foi dada em época de seu casamento o seu marido que não quis usá-la e deixou a seu inteiro dispor de sua esposa, ajudando-os a reiniciarem suas vidas.
Preocupada com a situação das mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se a mercê da sorte, expostas a estupros e todo tipo de maldade humana, passou a construir em pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfãos. Muitas tornaram-se freiras e passaram a servir a Deus.
Depois de perder dois de seus filhos precocemente e, por último, seu marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu, em jejum e oração até sua morte, aos 69 anos de idade.
Sua fé foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos a ela, depois de sua morte e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a declarou santa em 1.267, 24 anos após a sua morte.
Até hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa Edwiges.

A SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPÉIA
"Salva esta gente! Propaga o Rosário. Estimula-os para que o rezem. Maria prometeu a salvação para aqueles que fizerem”
No ano de 79 ocorreu a famosa erupção do Vulcão Vesúvio, que sepultou a cidade pagã de Pompéia (Sul da Itália). Ali a aristocracia romana gostava de passar o tempo com entretenimentos e foi surpreendida pela súbita destruição.
No início do Século IX instalaram-se nas proximidades famílias de camponeses que erigiram uma humilde capela. Em 1872 chegou o advogado Bártolo Longo, que trabalhava para a Condessa de Fusco, dona dessas terras. Logo descobriu que, depois da morte do sacerdote, já não haviam missas na capela e poucos seguiam firmes na fé.
Uma noite, o advogado Bártolo Longo viu em sonhos a um amigo morto anos atrás, que lhe disse: “Salva a esta gente Bártolo! Propaga o Rosário. Estimula-os para que o rezem. Maria prometeu a salvação para aqueles que fizerem”. Assim, Longo trouxe de Nápoles muitos Rosários para distribuir e encorajou também a vários vizinhos que o ajudassem a reformar a capela. A população começou a rezar o Rosário, cada vez em maior número.
Em 1878, Bártolo Longo obteve de um convento de Nápoles um quadro de Nossa Senhora entregando o Santo Rosário a São Domingos e Santa Rosa de Lima. Estava deteriorado mas um pintor o restaurou. Este mudou a figura de Santa Rosa pela de Santa Catarina de Siena. Colocada a imagem sobre o altar do Templo, ainda que inacabada, a Virgem Santíssima começou a operar milagres. 
Em 08 de maio de 1887, o cardeal Mônaco de Valleta, colocou na venerada imagem um diadema de brilhantes benta pelo Papa Leão XII e em 08 de maio de 1891, deu-se a solene consagração do novo Santuário de Pompéia, que existe atualmente.
“Quem difunde o rosário, salva-se!”
Ó promessa tão cheia de consolo, ó ternura de amor de mãe! Somente nossa mãe santíssima para nos garantir tão grande privilégio junto do coração de seu filho Jesus.
Devemos confiar sem duvidar, pois tão promessa nos foi confirmada na carta apostólica para o ano do rosário, por João Paulo II – 2002 e 2003.
Pompéia é a terra do Santo Rosário, onde o fervoroso brotar do coração dos fiéis da oração do Ave Maria leva a contemplar a disponibilidade interior com que a Virgem Santa recebeu na fé o anúncio do nascimento do Filho de Deus na condição humana.
Os cristãos podem encontrar no Rosário uma ajuda eficaz no empenho de realizar na sua vida os planos de Deus.  O Rosário, que Bartolo Longo considera quase um baluarte contra os inimigos da alma, une aos Anjos, e é "porto seguro no naufrágio comum".
Bártolo Longo, que após sua conversão adotou o nome Maria, passando a se chamar Bártolo Maria Longo, casou-se com a condessa de Fusco.
Além do santuário em construção, Bártolo e sua esposa fundaram orfanatos para meninas, albergues para rapazes, um instituto das filhas do Sagrado Rosário de Pompéia e a ordem terceira do Rosário.
No ano de 2002, ano do rosário, o Papa João Paulo II fez referência ao beato Bártolo Maria Longo como o “Apóstolo do Rosário”, beatificando-o no dia 26 de outubro de 1980.
De onde tirou este grande apóstolo de Maria a energia e a constância necessárias para realizar uma obra tão imponente, conhecida em todo o mundo? Não é precisamente do Rosário, por ele acolhido como um verdadeiro dom do coração de Nossa Senhora?". Sim, foi verdadeiramente assim!