PORQUE USAR INCENSO NA IGREJA?
A maioria de nós vê o incenso nas missas solenes, mas não sabe o seu significado. Por isso, decidimos colocar o artigo abaixo para um maior esclarecimento de todos.
 “Que minha oração suba até Vós como a fumaça do incenso, que minhas mãos estendidas para Vós, sejam como a oferenda da tarde.” (Salmo 140, 2)
É importante lembrar que o uso do incenso na liturgia católica não tem nada a ver com o defumador usado na macumba, nem com os incensos vendidos e usados pelas seitas orientais. Para nós católicos, significa isso: Ao Senhor dos Senhores oferece-se incenso. É adoração e honra. Diante da tenda da Aliança Israelita ou do templo de Jerusalém o lugar chamado Santo dos Santos se encontrava o altar do incenso. A primeira página da história da Nova Aliança é estrita enquanto Zacarias, o pai de João Batista oferece o sacrifício do incenso no santuário do templo (Lc 1,9).
A Bíblia diz que a Rainha de Sabá chegou a visitar Jerusalém e o Rei Salomão, levando-lhe, entre outros presentes, uma quantidade extraordinária do mais precioso incenso que, naquela época, era vendido num centro de comércio muito importante. De fato, ao longo da história do incenso prosperam povos e reinos míticos, como se lê na Bíblia, no Alcorão e no Livro etíope dos reis.

O incenso fazia parte da composição aromática sagrada destinada unicamente a Deus (Ex 30,34) e se transformou em símbolo de adoração. Em linhas gerais é símbolo de culto prestado a Deus e de adoração: Ouçam-me, filhos santos...Como incenso exalem bom odor (Sl 39,14).
 Com a oferta do incenso os magos do Oriente adoraram o menino Jesus como o recém-nascido Salvador do Mundo (Mt. 2,11).
No livro do Apocalipse, S. João vê vinte e quatro anciãos que estavam diante do Cordeiro de Deus, com arpas e taças de ouro cheias de incenso: Que são as orações dos santos (Ap 8,3-4).
Pode usar-se o incenso em qualquer forma de celebração da Missa:

a) durante a procissão de entrada;
b) no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
c) na procissão e proclamação do Evangelho;
d) depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a cruz, o altar, o sacerdote e o povo;
e) à ostensão da hóstia e do cálice, depois da consagração.
O sacerdote, ao pôr o incenso no turíbulo, benze-o com um sinal da cruz, sem dizer nada.
Em Israel o incenso era de grande importância no culto divino. Com incenso, misturado a outras substâncias odoríferas, o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no Santo dos Santos, ou seja no espaço mais sagrado e reservado do templo.
Na Europa, em alguns povoados da Áustria e da Suíça, é queimado nas casas no período compreendido entre o Natal e a Epifania para garantir a boa saúde de todos que ali moram.
O incenso deve envolver toda uma atmosfera sagrada de oração que, como uma nuvem perfumada, sobe até Deus. O agitar do turíbulo em forma de cruz recorda principalmente a morte de Cristo e seu movimento em forma de círculo revela a intenção de envolver os dons sagrados e de consagrá-los a Deus.
O uso desta resina perfumada não era exclusivo do culto religioso. O incenso não era queimado somente nos templos, mas também nas casas; as incensações exalavam perfume e, ao mesmo tempo, tinham um fim higiênico.

O incenso foi sempre considerado como algo muito precioso. Era utilizado em todas as cerimônias e funções propiciatórias, porém, era sobretudo queimado diante de imagens divinas nos ritos religiosos de muitos povos e, ao se sublimarem as concepções religiosas, as espirais de incenso, em quase todos os cultos, converteram-se em símbolo da oração do homem que sobe até Deus.

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