A ESPIRITUALIDADE DA OBRA DE SCHOENSTATT

O Padre Kentenich ofereceu à Obra de Schoenstatt uma espiritualidade original e vasta, através da qual se torna possível uma existência cristã autêntica e missionária no nosso tempo.   

Piedade Mariana

A Virgem Maria Mãe de Deus era para o Padre Kentenich a realização mais perfeita do "Homem Novo", da "Nova Criação", para a qual tende a Obra Salvífica de Cristo. Por isso, na sua actuação como Fundador e Educador das suas comunidades de Schoenstatt procurava compreender o mais profunda e plenamente possível a posição e a missão da Mãe de Deus na Obra Salvífica de Cristo e exaltar a imagem de Maria como modelo para a formação dos homens querida por Deus.

Simultaneamente, reconhecia em Maria a Mãe e a Educadora do "Homem Novo"; na sua própria acção educadora ele não queria outra coisa senão ser instrumento da Mãe de Deus e conduzir os homens à Sua escola de educação.

Piedade de Aliança


A Piedade Mariana de Schoenstatt recebe o seu carácter peculiar através da Aliança de Amor. Assim, como toda a Obra surgiu duma Aliança de Amor do Fundador e da primeira geração com a Mãe de Deus, também cada cada um, individualmente, se torna membro da Obra de Schoenstatt através da Aliança de Amor selada com a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, fazendo dela a norma e a forma da sua vida.  Entra-se, deste modo, numa escola, que deve capacitar a pessoa para uma concretização o mais perfeita possível da Aliança Salvífica, que Deus fundou através do Seu Filho Encarnado.
A vinculação a Maria conduz à atitude mariana e isto significa sobretudo, que ela dispõe o homem a decidir-se livremente com Maria e como Maria para a Aliança com Deus. O fio condutor desta Piedade de Aliança é, segundo o Padre Kentenich, o seguinte: "Unidos à Mãe de Deus pela Aliança de Amor, chegamos a Jesus Cristo e, por Cristo, no Espírito Santo ao Pai".

Piedade Instrumental


A Família de Schoenstatt tem motivos fundados para acreditar que na sua história, iniciada a partir de começos humildes e tendo de fazer face a dificuldades muitas vezes superiores às suas forças, existe uma intervenção especial da Divina Providência. A partir desta convicção de Fé, considera-se, no mais íntimo, como obra e instrumento da Mãe de Deus e, em última análise, do Deus Trino e não como simples fruto da acção e do plano dos homens. Por isso, a Família de Schoenstatt cultiva a consciência de ser um simples instrumento, totalmente dependente de Deus e da Sua Graça. A orientação cuidadosa pela vontade de Deus à luz da Fé Prática na Divina Providência, bem como a disponibilidade constante para Deus e Seus desígnios constituem os elementos fundamentais da Piedade específica de Schoenstatt.

Santidade da Vida Diária


Na história da Obra de Schoenstatt a aplicação pedagógica da Aliança de Amor à vida diária conduziu à doutrina da "Santidade da Vida Diária". Deste modo designa-se uma forma de piedade laical, que pretende orientar o cristão, que vive no mundo, a moldar a sua vida em família, na sociedade e na profissão conforme à mensagem do Novo Testamento. No fundo, trata-se da santificação do mundo em todos os domínios. A ideia da Santidade na Vida Diária desempenhou um papel decisivo na fundação dos Institutos Seculares de Schoenstatt.

Espírito de Família

Partindo do aforismo de Teologia, que a Graça, para aperfeiçoar a natureza, tem de se basear nela e construir sobre ela, a Obra de Schoenstatt, em todas as suas comunidades, imita tanto quanto possível a família natural, para que o "Povo de Deus" se torne numa "Família de Deus". Assim se compreende o cultivo e a acentuação da vinculação ao Santuário da Mãe Três Vezes Admirável, no qual os membros da Obra vêem o berço espiritual, o lar e o local central da Família de Schoenstatt em todo o mundo.
Também faz parte da atitude familiar da Obra de Schoenstatt, que as suas comunidades vejam no Fundador o Pai Espiritual, que Deus lhes ofereceu, em cuja pessoa e actuar transparece o Pai eterno, do Qual toda a paternidade no céu e na terra recebe o seu nome (Ef. 3,15). A posição do Fundador como Pai da Família é por isso no seu significado mais profundo uma indicação para o Deus vivo e tem uma importância especial para o nosso tempo, no qual Deus é considerado cada vez menos como Pai e a paternidade tornou-se num problema de capital importância. Deste modo é assegurada e simultaneamente exigida a clássica orientação fundamental da formação cristã, cujo objectivo último é o Pai com Cristo no Espírito Santo.
 Schoenstatt quis desde o primeiro minuto ser um Movimento Apostólico de Formação.

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