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Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira das Américas, tem um templo dedicado na Cidade do México há quase quinhentos anos. Milhões de pessoas já receberam graças extraordinárias através da intercessão da Virgem Maria, que apareceu ali com o "rosto do povo latino-americano". O que pouca gente sabe é que a Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe guarda mistérios incríveis até hoje inexplicáveis pela ciência.
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Dentre os convertidos ao cristianismo, um índio foi escolhido por Nossa Senhora para apresentar ao mundo um dos mistérios mais intrigantes de que se tem notícia. O índio se chamava Cuauhtlatohayc na língua asteca. Seu nome de batismo era Juan Diego.
No mesmo dia, quando Juan Diego volta para sua aldeia, vê a jovem novamente e lhe conta que o bispo não acreditou em suas palavras. Por isso, Juan Diego pede que ela escolha outro mensageiro, pois ele era "apenas um índio, da casta mais inferior dos homens", segundo suas próprias palavras. A jovem, porém, insiste que Juan volte a falar com o bispo e lhe peça a construção do templo. No dia seguinte, domingo, Juan Diego fala novamente com o bispo, mas este lhe pede um sinal. O índio transmite a mensagem. A Virgem pede ao índio que volte no dia seguinte para receber o sinal.
No dia seguinte, porém, Juan Diego não volta porque seu tio fica muito doente, à morte. Por isso, ele sai à procura de um sacerdote e evita o caminho de sempre temendo encontrar "a jovem". Mesmo assim, ela aparece, diz que seu tio ficará curado e o manda colher flores no alto do monte. Elas serão o sinal que o bispo pediu. Era inverno, não era época de flores. Mesmo assim, Juan Diego vai, encontra as flores, colhe várias, coloca-as em seu poncho asteca chamado "tilma" e vai levá-las ao bispo.
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Diante do bispo, Juan Diego abre o poncho e deixa cair as flores dizendo que este era o sinal enviado pela jovem. Quando as flores caem, aparece no poncho de Juan Diego a imagem que hoje nós conhecemos como de Nossa Senhora de Guadalupe. O assombro se apodera de todos. O tio de Juan Diego fica curado milagrosamente e dom Juan de Zumarraga leva o poncho para seu oratório. Poucos dias depois, o bispo faz uma procissão que leva a imagem até o local onde será construído o templo. Nessa procissão, acompanhada por milhares de astecas, um deles é ferido acidentalmente tendo sua veia jugular cortada e morre, após perder todo seu sangue. A festa parece terminar em tragédia. Os índios levam o morto até os pés da imagem e este volta a viver milagrosamente. A partir de então, os sacrifícios humanos da religião asteca, param de acontecer. A Rainha, vinda do céu, devolve a vida a um morto! Os astecas passam a ter outra visão sobre a vida humana e sobre Deus. Começa a construção do templo pedido pela Virgem, com grande auxílio dos astecas e de D. Juan de Zumarraga que arregaça as mangas e trabalha com todos.
Essa é a história contada de forma muito, mas muito resumida. O templo, pedido pela virgem de Guadalupe, existe até hoje. Porém, foi construído um outro, maior e mais moderno, que consegue atender ao imenso número de fiéis que o procuram sem cessar.
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O MANTO MILAGROSO
Existem transcrições dos diálogos travados entre Juan Diego e a Virgem, que são de uma beleza e de uma simplicidade sem igual. Porém, este não é o foco do presente artigo. Vamos, então, observar alguns dos mistérios que envolvem a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe conservada até hoje no poncho de Juan Diego, basílica da cidade do México.
- O primeiro fato que chama a atenção é a conservação do poncho após quase quinhentos anos. Com efeito, esse poncho é feito de um material muito rústico extraído de um cacto abundante na região chamado maguey. Trata-se de uma fibra vegetal trançada manual e rusticamente. Era a principal vestimenta dos homens astecas até a primeira metade do século XVI. Se fosse colocada dentro de uma bolha que a isolasse de todas as influências ambientais externas, duraria no máximo, uns vinte anos. O poncho de Juan Diego, ao contrário, tem quase quinhentos anos e não apresenta nenhum sinal de deterioração.
Em 1979, ou seja, 448 anos depois do aparecimento da imagem, a Igreja autorizou que se fizessem estudos científicos sobre o poncho. Tais estudos, feitos por cientistas renomados, duraram mais de oito meses e constataram fatos inexplicáveis. O primeiro é que as fibras do poncho estão em seu estado perfeito de conservação, como se fossem novas. E não foram encontrados nenhum rastro de material conservante em toda a extensão do poncho. Esta conservação deixa os cientistas perplexos. Sabe-se, através de documentos históricos da Igreja, que o poncho ficou exposto sem nenhuma proteção durante 116 anos, de 1531 a 1647. Só depois disso foi colocado dentro de uma proteção de vidro.
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E mais! O manto de Nossa Senhora de Guadalupe, traz, no seu lado direito, a posição das estrelas no céu da América do Norte e, no lado esquerdo, o céu da América do Sul. Por isso, ela é chamada de "Padroeira das Américas".
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